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26 setembro, 2006

Oscar Wilde sign:


"Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante
A mim, não interessam os bons de espírito nem os maus de hábito
Fico com aqueles que fazem de mim Louco e Santo
Deles não quero resposta, quero meu avesso
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o pior de mim
Para isso só sendo Louco
Quero os Santos para que duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria
Amigo que não ri junto não sabe sofrer junto
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade serenidade
Não quero risos previsíveis nem choros piedosos
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça
Não quero amigos adultos nem chatos
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos para que nunca tenham pressa
Tenho amigos para saber quem sou
Pois os vendo Loucos e Santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que “normalidade” é uma ilusão imbecil e estéril”

(Oscar Wilde)

19 setembro, 2006

Os 3 crivos


"Certa feita, um homem esbaforido achegou-se a Sócrates e sussurrou-lhe aos ouvidos:

- Escuta, na condição de teu amigo, tenho alguma coisa muito grave para dizer-te, em particular....

- Espera!!! ajuntou o sábio prudente. Já passaste o que me vais dizer pelos 3 crivos?

- 3 Crivos??? - perguntou o visitante, espantado.

- Sim, meu caro amigo, 3 crivos. Observemos se tua confidência passou por eles. O primeiro, é o crivo da verdade. Guardas absoluta certeza quanto aquilo que pretendes me comunicar?

- Bem, ponderou o interlocutor, assegurar mesmo, não posso.... mas ouvi dizer e então....

- Exato. Decerto peneiraste o assunto pelo segundo crivo, o da bondade. Ainda que não seja real o que julga saber, será pelo menos bom o que queres me contar?

- Isso não!!!!! Muito pelo contrário!

- Ah!! tornou o sábio, então recorramos ao terceiro crivo, o da utilidade, e notemos o proveito do que tanto te aflinge.

- Útil?!?!.... aduziu o visitante ainda agitado - Útil não é!

- Bem... rematou o filósofo num sorriso, - se o que tens a confiar não é verdadeiro, nem bom e nem útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que nada valem casos sem edificação para nós!

18 setembro, 2006

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