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06 outubro, 2007

O Verdadeiro Parque dos Dinossauros


Achei muito bacana essa reportagem do NY Times sobre essa atração incrível criada por um empresário australiano.

O site oficial está aqui: http://www.dinosaurlive.com/

Vale a pena acessar os vídeos, principalmente o workshop.

Abaixo segue a reportagem do Terra:

"Mactaggart, um empresário australiano com ambições tamanho Spielberg, decidiu criar uma experiência de entretenimento que tivesse "alguma coisa para todas as idades, crianças e adultos, de modo que ninguém se entedie".

Um dos resultados é Walking With Dinosaurs: The Live Experience, um programa com dinossauros de tamanho natural que funcionam no sistema animatronic, se deslocam e falam (bem, urram), não só nas telas mas em três dimensões.

Baseado na popular série da BBC Television, o espetáculo de US$ 20 milhões está chegando à Continental Airlines Arena, em East Rutherford, Nova Jersey, para uma temporada de quarta a domingo, como parte de uma turnê de dois anos pelos Estados Unidos. O preço dos ingressos varia de US$ 27 a US$ 87.

Tendo administrado três estádios na Austrália e Nova Zelândia, Mactaggart, diretor executivo da Immersion Edutainment, a produtora do espetáculo com dinossauros, disse compreender até que ponto os estádios são subutilizados.

Durante a temporada do espetáculo no Wachovia Spectrum, em Filadélfia, ele reparou que as arenas dispõem de "enorme largura, profundidade e altura, e maioria dos espetáculos não utilizam todo esse espaço".

O dele, sim. O ornitocheirus, suspenso do teto do ginásio, tem asas de 12 m de envergadura. O braquiossauro tem altura de 11 m. Mas a escala não é a única razão do impacto que eles causam. As reproduções também são notavelmente fiéis.

Recipientes de espuma repletos de bolas de vinil e movimentados no interior do corpo dos dinossauros simulam o tremor dos músculos se movendo sob a pele. Estruturas metálicas revestidas de látex e pintadas à mão fornecem a textura pedregosa da superfície.

E, o mais importante, a tecnologia permite que os lagartos gigantes mexam as cabeças, revirem os olhos e interajam com a audiência, simulando emoções

Dois imensos torossauros se assemelham a lutadores de sumô, mais interessados em comer do que em brigar. O anquilossauro, um sereno animal vegetariano, traz nos olhos a expressão de um carneiro pouco inteligente.

A parada de 15 animais demora cerca de 90 minutos. E ainda que exista um apresentador humano (o que serve como um bom referencial de medida), os comentários deles são como as perguntas feitas no palco às candidatas de concursos de beleza - tudo que os espectadores desejam é que a próxima candidata chegue logo.

"Alguns dinossauros não saíam do palco", disse meu filho de sete anos, em tom queixoso. "Estamos perdendo tempo".

O imenso tiranossauro rex não esperou pelo convite para se retirar. Com 7 m de altura, dentes de 15 cm e um rosnado estrondoso, ele era apavorante o bastante para causar choro entre as crianças de colo.

A mamãe tiranossauro estava atacando para salvar seu bebê, que em seguida deu nela uma mordidinha carinhosa. Bastava olhar as arquibancadas para perceber famílias inteiras aparentemente se divertindo.

Ainda que os dinossauros tenham circulado toda a arena - um espaço do tamanho de uma quadra de hóquei - os espectadores sentados nas laterais talvez tenham enfrentado dificuldades para ver os vídeos exibidos como fundo pelos telões, bem como a seqüência inicial que mostrava o processo pelo qual um ovo de dinossauro é chocado.

Os grandes dinossauros deslizavam pelo ginásio conduzidos por carrinhos motorizados de estrutura baixa, pilotados por motoristas do tamanho de jóqueis.

Um segundo operador, na cabine de controle, usa a "estrutura vodu" - um aparelho que se encaixa em seu braço - para mover o corpo, cabeça e cauda do animal, enquanto uma terceira pessoa manipula os olhos, mandíbulas e sons.

Os utahraptors e os bebês tiranossauros, com altura de entre dois e 2,4 m e comprimento de 4,20 m, são na verdade fantoches com peso de 35 kg. Ainda que sejam os menores dos personagens, de certa forma atraem a maior atenção. Do lado de dentro, um artista os movimenta, e esse coração vivo faz diferença.

Harley Durst, 26 anos, que treinou como acrobata de circo, é um dos homens que veste a pele dos dinossauros. Ele está há cinco anos no elenco do espetáculo, diz, e assistiu com atenção à série da BBC, visitou zoológicos e trabalho com Sonny Tilders, o projetista das réplicas, para compreender "como um animal reage ao ver ou farejar alguma coisa".

"Vi brigas entre ursos", disse. "Muita pose, primeiro, seguida por segundos de intensa loucura".

Saltando da cadeira para demonstrar, Durst disse que treinava se movimentar como quadrúpede. Deu passos largos com o peito lançado à frente, se propelindo com um joelho e estendendo bem a outra perna.

E embora seja possível pensar que o movimento de uma perna humana talvez prejudique a ilusão, na verdade isso causa menos distração do que os carrinhos camuflados entre as pernas dos robôs gigantescos.

Ainda que Durst fique no palco apenas 15 minutos por apresentação, é um trabalho desgastante, dado o peso e as dimensões da fantasia e os movimentos cansativos. "Meu cérebro corre a 200 por hora, com a música e a direção de cena quanto aos movimentos", diz.

A criação do espetáculo exigiu seis anos. A trilha sonora foi composta especialmente para ele. O espaço é decorado com cipós, árvores, flores e insetos infláveis, que ascendem do assoalho. Um vulcão "irrompe", a certa altura, e espalha cipós calcinados pelo piso. "Esse é um esforço colaborativo de pessoas que acreditaram em um sonho", disse Mactaggart.

Roa-se de inveja, Barney.

Tradução: Paulo Eduardo Migliacci ME

02 outubro, 2007

Aprenda com o jardineiro

Nos Estados Unidos, a maioria das residências tem por tradição em sua frente um lindo gramado e, diversos jardineiros autônomos para fazer aparos nestes jardins.

Um dia, um executivo de marketing de uma grande empresa dos Estados Unidos contratou um desses jardineiros.
Chegando em sua casa, o executivo viu que estava contratando um garoto de apenas 13 anos de idade, mas como já estava contratado, ele pediu para que o garoto executasse o serviço.

Quando já havia terminado, solicitou ao executivo a permissão para utilizar o telefone, no que foi prontamente atendido.
Contudo, o executivo não pode deixar de ouvir a conversa.

O garoto havia ligado para uma senhora e perguntara:

- A senhora está precisando de um jardineiro?

- Não. Eu já tenho um, respondeu.

- Mas alem de aparar, eu também tiro o lixo.

- Isso o meu jardineiro também faz.

- Eu limpo e lubrifico todas as ferramentas no final do serviço, disse ele.

- Mas o meu jardineiro também o faz.

- Eu faço a programação de atendimento o mais rápido possível.

- Não, o meu jardineiro também me atende prontamente.

- O meu preço é um dos melhores.

- Não, muito obrigada! O preço do meu jardineiro também é muito bom.

Desligando o telefone, o executivo lhe disse:

- Meu rapaz, você perdeu um cliente.

- Não, respondeu o garoto. Eu sou o jardineiro dela. Eu apenas estava medindo o quanto ela estava satisfeita.